sexta-feira, 14 de agosto de 2009

União


A nossa relação com o mundo é reflexo da relação com o nosso próprio mundo interior. Por isso, é que hoje os mestres ensinam que não existe união possível com um outro ser, idéia ou coisa. Nós nos unimos é com a nossa própria alma, e as nossas relações com os outros são o reflexo dessa união interna. Se observarmos os nossos relacionamentos e os relacionamentos a nossa volta veremos que tem alguma coisa errada, que não está dando certo. A união em nível de personalidade não pode dar certo mesmo, porque a personalidade é um ente em separado, uma parte que precisa se unir novamente a "Deus", ou seja, se unir à alma ou a mônada. As personalidades vivem do jogo das polaridades, mas o amor não tem polaridade, não tem opostos, pertence a um outro nível. A união é com a própria essência do ser. E essa união pode ser feita de três maneiras: Em grupo, em solidão ou em colaboração com outro ser. A ilusão da união em grupo é acreditar que aquele grupo é melhor do que os outros. A ilusão na união em solidão é o isolamento. E a ilusão da união com outro ser é a idéia de fusão, de que se tornaram uma coisa só. Em nível de personalidade não existe esse tipo de união, somente quando estamos no ventre e nos primeiros anos com a mãe. Depois nos separamos, e ao invés de buscar nos unirmos internamente, e nos tornarmos indivíduos integrais, vamos com nossos sentidos para fora buscar a união externa. Mas é na vida interna que está o que tanto procuramos: you are looking from what you are looking for. Nós já trazemos tudo no bolso. O que não quer dizer que devemos viver em contemplação esperando as coisas caírem do céu, mas que agindo a partir de dentro vamos encontrar o que já é nosso, o que está coligado a nós de verdade e o que nos cabe realizar nesse mundo a partir das nossas próprias capacidades. Mas, primeiro, o "Reino".

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