sábado, 30 de janeiro de 2010

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...”

(Florbela Espanca)

Um comentário:

  1. Belo poema de Florbela Espanca e que ficou muito ótima na voz de Fagner, se gostas de Florbela já passo a olhar diferente para seu blogue rsrs...gostei do seu blogue e foram as palavras que me trouxeram até aqui.

    Beijos!!!

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