O ser humano chega numa etapa em que busca se equilibrar materialmente. Essa etapa acontece no setênio que começa por volta dos 28 anos. É quando seus corpos materiais (físico, emocional e mental) já desenvolveram e ele busca o equilíbrio desses corpos, a personalidade integrada. Nessa etapa da vida, entramos no que chamaria de processo de fermentação, ou seja, no processo de transformar uma substância em outra. Já que o todo é maior que a soma das partes, o simples desenvolvimento natural desses corpos não seriam capazes, por si mesmos, de integrar a personalidade. É preciso que haja um processo para que isso aconteça. A fermentação nos organismos vivos é feita por microorganismos. Esses microorganismos, que podem ser bactérias, fungos, ou, no mundo humano, que podem ser gente ruim, situações indesejadas, fazem com que a energia seja liberada. É a velha historia de que a sombra desperta a luz. Comparo então esse processo de fermentação natural ao que acontece conosco, no nosso desenvolvimento. Quando entramos nesse setênio, na etapa de buscar nosso equilíbrio material, nosso lugar no mundo, enfrentamos um processo semelhante. Começamos a sentir uma degradação de tudo o que éramos, dificuldades para nos encaixar, mal estar de todos os tipos. Então sofremos, nossa substância entra num processo depurativo e relutamos, queremos nos sentir bem como nos sentíamos antes, mas não conseguimos mais. Mas, é importante lembrar, usando a metáfora do processo de fermentação, que é no citoplasma da célula que acontece a fermentação. O citoplasma é a parte externa da célula, a camada que a compreende. A fermentação não atinge o núcleo da célula, e é no núcleo que está a informação genética. Se nós, diante da crise, diante dessa fermentação, não resistirmos, teremos aberto o caminho para o núcleo. E se estivermos conectados com a Luz, Ela entrará aí e transformará esse código genético. Todo esse processo de fermentação, essa crise que enfrentamos, pode ser, se não resistirmos, o caminho para a transformação da nossa substância material em outra, ou, em linguagem alquímica, a transformação do metal em ouro.
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