quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cantar a Vida


"Mesmo aqueles que cantam desafinado deveriam aplicar-se a cantar, pois é um meio de fazer um trabalho sobre si mesmo. Quando nós cantamos, fisiologicamente há algo de poderoso que, desde a garganta até ao diafragma, se põe em movimento: a voz jorra e, pouco a pouco, nós sentimo-nos libertos das tensões e dos pesos interiores. O que se sabe dos anjos? Eles são representados como criaturas aladas cantando. Tal como as aves. O anjo e a ave estão associados à ideia de leveza, de voo, mas também de canto. Não é isso já para nós um convite para cantarmos a fim de nos libertarmos de tudo o que nos torna pesados? Os humanos poderiam curar-se de tantas perturbações mentais pelo canto! É que as vibrações da voz também têm o poder de desagregar as presenças obscuras que tentam agarrar-se a nós. O canto é uma expressão da vida; a vida em si mesma não é senão um canto. E o que há de mais necessário, de mais vivificador, do que arrancarmo-nos à atmosfera pesada que nos rodeia a fim de nos lançarmos para essas regiões onde tudo é harmonioso, luminoso, leve?"


(Omraam Mikhael Aivanhov)

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