quinta-feira, 8 de abril de 2010

Canto à Hierarquia celeste


domingo, 7 de fevereiro de 2010




Ó Saturno! Deus de anéis reluzentes. Grande força que navega na imensidão dos céus! Tende piedade de nós, teus filhos e filhas, que na Terra, buscam viver a altura das tuas influências. Ó tu, que és o Cronos, o tempo que nos devora. Tu, pai exigente, que limita teus filhos, para assim, na tua razão celestial, fazê-los crescer. És na ciência dos astros o grande ancião, o temível que devora os próprios filhos. Nós diante de ti pedimos clemência, rogamos à santa Paciência para viver tua fase inevitável. Tu és aquele que faz os dias passarem lentos, tu és o suor e as lágrimas do trabalho árduo e da vida dura. Rogo a ti para que seu jugo, inevitável, me faça forte e sólida como rocha!
Mas rogo ainda mais e fervorosamente à Júpiter, teu filho que te sucede, que a ti derrota e libera as correntes. Ó grande Júpiter! Ó Zeus! Tu és o senhor do Olimpo! Tu és a expansão e a prosperidade! A alegria e a festa são por ti conduzidas. Tu, o maior, é quase uma estrela!
E mais além de ti ainda está o regente maior, o Rei dos reis, o grande Helius - o Sol!!! Mais forte ainda rogo ao Sol. Mesmo em dias saturninos, quando o sol parece não brilhar. Mesmo quando os anéis laçam os dedos. Mesmo quando tolhida, ou mesmo quando um dia expandida, não descansarei! Até que fora dos dias, para além do tempo que devora ou da abundância que me expande, eu possa te ver reinar, absoluto, sobre toda a abóboda celeste! Neste dia minhas ilusões terão acabado e verei, enfim, que tu és a única realidade. Neste dia então saberei o que Eu Sou.

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