"Para a maioria de nós, a vida é um processo de isolamento, de negação, de resistência, de ajustamento a um padrão; e, naturalmente, nesse processo não há vida, havendo, por conseguinte, uma sensação de vacuidade, uma sensação de frustração.
Desde a infância, nós seres humanos, onde quer que estejamos, somos magoados (...) por meio da comparação, da imitação e do amoldar-se, vamos armazenando essas numerosas mágoas e, não tendo consciência delas, toda a nossa atividade consiste em reações baseadas nessas mágoas.
E se não resolverem essas mágoas, vocês haverão de passar a vida querendo magoar os outros, vão se tornar violentos ou fugir da vida, de todo relacionamento, a fim de não voltar a ser magoados.
Foi o pensamento o criador da imagem que vocês tem de si mesmos, e essa imagem foi magoada.
O que é magoado é essa imagem, e ela não tem realidade.
Vocês conseguiram descobrir como levar agora, hoje, uma vida na qual sempre haja um fim para tudo o que vocês começaram? De modo que no dia seguinte a mente esteja renovada e jovem?
Uma mente assim nunca pode ser magoada. Nesse estado há amor".
(Krishnamurti, "Sobre o amor e a solidão", editora Cultrix)
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